“Como eu gostaria que as minhas palavras fossem escritas num livro, ou que com o ponteiro de ferro fossem gravadas para sempre no chumbo ou na pedra” (vs 23 e 24)
TEXTO: Jó 19: 23 a 29
Escreva as minhas convicções, pois sei que não terminarei a vida do jeito que vocês estão me vendo neste momento! Era exatamente isso que Jó dizia aos três amigos que o fustigavam dando a entender que a sua situação era fruto de algum pecado. Porém Jó os alertou, através dos versículos 23 e 24, que as suas convicções o manteriam em pé. Estas convicções são as mesmas que todo filho de Deus tem que ter para se manter de pé. E Jó nos ensina quais são estas convicções. Começando pelo versículo 25: “Porque eu sei que o meu redentor vive”. Redentor quer dizer aquele que redime que adquire de novo, que liberta do cativeiro. Esta é a primeira convicção que Jó tinha e que o levava a ter esperança que a situação mudaria. E por que Jó tinha tal esperança? “E por fim Ele se levantará.” Esta era à base desta convicção; no final quem daria a última palavra para Jó não seriam os seus amigos, mas Deus. É isso irmãos, nós passamos a vida inteira lendo os quatro evangelhos e as cartas, e o que é que estes livros bíblicos nos provam? Justamente que o meu redentor vive, ressuscitou no terceiro dia, está sentado à direita de Deus e intercede por nós para virar o nosso cativeiro, assim como virou o cativeiro de Jó.
E Jó continuou mostrando as suas convicções no versículo 26, fazendo esta afirmação: “eu verei à Deus!” Agora podemos entender quando ele afirma, mas a frente, que ele conhecia Deus só de ouvir falar, mas chegou o momento que ele conheceu porque ele O viu. E quando você vê você passa a crer com mais intensidade. No versículo 27 ele diz: “eu desejo tanto que isso aconteça”; Jó sabia que tendo uma experiência real, ele edificaria a sua fé sobre uma base sólida que o levaria a edificar as suas convicções ao ponto de afirmar “o meu redentor vive”, e vive não porque eu vi com os meus próprios olhos. Sim, você pode ver à Deus, basta desejar intensamente esta experiência, não importando a sua situação, pois Deus deseja ser visto; por isso abra os seus olhos, os olhos da fé e Deus será sentido no seu interior, no seu espírito, e você terá esta experiência assegurada através das respostas que Ele quer te dar neste momento.
E por fim, Jó faz sua terceira afirmação, demonstrando-nos mais uma convicção, que levou este homem de Deus a viver de forma vitoriosa mesmo passando por grandes transtornos jamais experimentados por outro ser humano, a não ser o próprio Jesus. Ele afirma que “há um juiz que sonda os corações” (v 29), e com isso explica aos seus amigos que o julgamento humano não tem qualquer valor diante de Deus, a distância máxima que podemos chegar com nosso julgamento é até a pele da outra pessoa e não mais do que isso. Por isso os nossos julgamentos, cheios de preconceitos contra nós e contra os outros servem somente de material para o diabo trabalhar contra nós mesmos, Nossas introspecções análise de si próprio ou de outros) somente abrem brechas para o próprio diabo executar o seu trabalho de promotor de acusações diante de Deus e dos homens. Por isso Jó alertava seus amigos, “cuidado com a espada, pois há um juiz que julga retamente e conhece a minha situação mais do que eu mesmo ou do que qualquer outra pessoa, pois somente Ele sabe o que realmente está acontecendo para que eu me encontre nesta situação".
Há um juiz que sonda os corações, e é esta convicção que nos dá a segurança de que mesmo quando estamos em pecado, à sondagem que Deus faz através do Espírito Santo em nossos corações é para nos perdoar e nos redimir, Lembre-se, o meu redentor vive e por isso Ele redime mesmo o pecador assumido, e faz isso porque Ele tem o desejo em Seu coração de ser reconhecido pelas pessoas, para que com isso seja alicerçada uma comunhão de Pai e filho, trazendo-nos a certeza de que veremos a Deus aqui, ainda nesta vida e no meio de qualquer situação.
Basta deixar Deus sondar os nossos corações.
Redimido pelo sangue do Cordeiro
Pastor Carlos Alberto dos Santos (colaboração: Pastor Temístocles Pereira)
